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Fóruns de discussão de assuntos profissionais dos Técnicos Oficiais de Contas

sábado, 21 de novembro de 2020

As propostas da candidata Paula Franco/ versus Bastonário Paula Franco

 


"Atendendo à relevância do papel que a Comissão Eleitoral terá na orientação e condução da assembleia geral eleitoral e no aconselhamento nas decisões que possam vir a ser tomadas, é fundamental que esta Comissão para além de personalidades independentes inclua representantes das candidaturas para que se garanta a total independência e liberdade ao longo de todo o processo, devendo-lhe ser garantidas condições para o regular exercício das suas funções." a Paula Franco, Candidata!

As propostas da candidata Paula Franco/ versus Bastonário Paula Franco
(uma espécie de Oliva industrial de Costura e a Olívia detentora da mão de obra especializada)

Como se pode ler na Proposta da Comissão de Fixação de Vencimentos, apesar de não existir Regulamento Eleitoral – o último artigo fez-se implodir o regulamento que serviu de base ao último acto eleitoral - os vencimentos dos membros do Presidente da Assembleia Geral Eleitoral, já está definido para o período eleitoral: 2.000€, 1.400e, para o Vice, e 1.200€ para os secretários efectivos.


Ora, está a ser colocado o carro à frente dos bois, uma vez que o Regulamento resultará de uma consulta pública, sob proposta do Conselho Directivo, e a ser aprovado pela AR.

Seria pois espectável, que a Assembleia Geral Eleitoral, resultasse da figura que o regulamento lhe der e que funções atribui aos seus membros.

Basicamente está em saber se funciona de modo colegial, ou assenta nas decisões do seu Presidente, como resultou no último acto eleitoral.

A proposta de vencimento é clara quanto aquilo que já está decido, o que implica, que mais uma vez resultará de uma mero fingimento que se faz consulta pública de algo que já foi decido há muito.

 

O que propunha a então candidata ao cargo, Paula Franco? Em setembro de 2017

Sendo-lhe o Presidente da AGE, um elemento hostil, a sua candidatura, fazia proposta de alterações a vários artigos, onde se cortava a expressão “Presidente da mesa da Assembleia Geral eleitoral”, ficando apenas “a da mesa da Assembleia Geral eleitoral”.

Pela proposta remuneratória a Bastonário, Paula Franco, optará pela visão antiga, ou seja, por uma solução de um Presidente não hostil.

A confirmar-se será mais um machadada numa questão crucial, que é o controle unívoco do processo eleitoral, em vez do controle democrático.

A candidatura da Filomena Martins, propunha que a AGE, fosse alargada a um representante de cada lista aprovada. E bem, porque em democracia é assim, e é assim que que funcionam outras instituições.

A primeira grande machadada ocorreu como a eleição da Mesa, constituída de forma a proporcionar as situações de monólogo, incluindo apenas um membro da lista B, por sinal, apoiante da solução Paula Franco, à segunda volta.

Como candidato pela lista A, o oitavo pelo PORTO, de imediato reagi, pela exclusão da segunda lista mais votada – a D -, que na prática representava os outros quase 50% dos votantes, sabendo-se a solução final teve apenas mais 600 votos.

Fosse por 6.000, 600, 60 ou 6, a vitória foi aquela.

Mas isto não é uma agremiação socio cultural, pelo que a Mesa, ou seja aquela que irá conduzir o processo eleitoral, excluiu prematuramente o princípio da proporcionalidade que a instituição necessita, a Lei implica e a constituição obriga.

Longe vão os tempos em que trabalhei, com outro candidato, mas eleito, um regimento onde a solução “mesa”, foi vista e revista, chegando ao ponto de ele ter sugerido que o vice-presidente seria o da segunda lista mais votada.

 

No dia da segunda volta e devidamente “autorizado” pela candidata, que não sabia o desfecho final, eu convocava uma reunião de eleitos e não eleitos das quatro listas, para na semana seguinte iniciarmos a discussão do regimento, onde a mesa era o alvo mais importante.

Depois da contagem dos votos, foi-me transmitido pelo coordenador da campanha do Porto, que a bastonário eleito desautorizava a participação dos membros da sua “força de bloqueio” nessa reunião. Repara-se que da mesma forma que disse faça, se faz favor, podia ter a delicadeza de me mandar mensagem, ou até ter ligado – aliás como me fez em setembro a propósito do dia do cobrador de impostos, que os inspectores tributários celebram nessa data – mas não, por e simplesmente mando o “estafeta” fazê-lo.

Reunidos na manhã do dia da primeira assembleia, juntando eleitos pela B, e membros dos restantes órgãos eleitos, numa machadada na separação de poderes que a Lei obriga, a “força de bloqueio”, decidiu que era a “sua lista” e ponto final.

Ainda existiu uma tentativa de sugerir uma lista, ao meu co-autor do regimento, mas ele respondeu: “já temos a nossa!”

Fazendo lembrar o famoso anuncio de natal das bombocas, quando na noite de natal, o cliente batia à porta da loja e apontava para a última embalagem na montra e, sorridente o dono, respondia em gestos “é a última… é para mim!”

Outra machadada foi a vacatura do lugar de Presidente, que nem vou relembrar.

 

Há um elemento na mesa, pelo qual ainda tenho muita estima e consideração, embora já há muito, que não trocamos opiniões. A secretária Raquel Mota Pinto, com quem tive as primeiras reuniões antes da segunda volta – inicialmente “autorizadas”, mas que a continuação a nível local, teve de vir de “cima” para ser aceite pelo coordenador, tamanha era o sectarismo nessa altura a que não fosse do oco slogan dos TODOS CONTAM. A discussão do regimento, da mesa, etc e sobretudo do seu legado – a lista pela qual foi eleita e responde, defendia uma Comissão Eleitoral alargada a representantes de cada uma das listas aceites.

Pode até ser muito crítica, mas publicamente é desconhecido o seu papel, se de facto existe e se de facto é um elemento que ali faz a ponderação, como foi importante a posição da Drª Leonor, no desfecho da decisão final do último acto eleitoral, onde, recorde-se o Presidente estava munido de representação de outros 2 elementos. Era um 3 em 1.

 

Assim e sobretudo à Raquel Mota Pinto, espero que não permita esta machada na democracia da instituição, fazendo tudo em “casa”. Sobretudo pelo não participar na “solução”.

É que a já existir “remunerações” para a Assembleia Geral Eleitoral” como o leque salarial de 2000, 1400 e 1200, quando ainda nem há um Regulamento e que solução para a Comissão, sobretudo no modo como vai “decidir”, é um mau, muito mau presságio.

Ai Olívia, Olívia a saudade deste boneco: