Comunidade TOC

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Fóruns de discussão de assuntos profissionais dos Técnicos Oficiais de Contas

sábado, 3 de novembro de 2007

PADRE MÁRIO DE OLIVEIRA,

"O Poder que os pariu, a eles e a elas, e que os mantém como seus prisioneiros de luxo utiliza-os sem cessar para melhor chegar a levar a água ao seu moinho. Um moinho que trabalha dia e noite para alienar, oprimir, subjugar, infantilizar, domesticar, reduzir à condição de coisa as populações e os povos. Porque o Poder é intrinsecamente incapaz de conviver com mulheres/homens livres, autónomos, soberanos, sujeitos, protagonistas, senhores dos próprios destinos. Se me deixo tocar por ele, ou cedo a algum dos seus sedutores convites, logo me meto dentro das suas fauces de lobo e verei o meu Ser completamente devorado. Terei regalias e usufruirei de privilégios, mas, por mais anos que viva, nunca mais chegarei a ser mulher/homem com a Resistência, a Dissidência, a Insubmissão e a Subversão no corpo. Felizmente, sempre recusei ir por aí. O preço que pago é muito alto, mas não tenho alternativa, se quiser continuar a Ser. E Ser é o que mais quero. Não estranhem, então, se me virem por aí a chorar inconsolável. Saibam que choro por ver que o grosso dos intelectuais do meu país trocou a fecunda e salutar mesa da Resistência, da Dissidência, da Insubmissão e da Subversão pela estéril e sinistra mesa dos Privilégios"
diário aberto de 30 de agosto de 2007

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