Comunidade TOC

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Fóruns de discussão de assuntos profissionais dos Técnicos Oficiais de Contas

sábado, 3 de novembro de 2007

POESIA A Mãe - Manuel Monteiro

MÂE

um risco oblíquo

em tua mão

e era o destino

a mesma mão das carícias

dos castigos

do amanho da terra resnascida



a tua mão esse laço de vida

a suave ordenhadora do leite

e da fabricação do mel

a mesma por onde passavam

os nascidos e afagavam os olhos dos moribundos



a tua mão

esta noite tocou-me

de tão longe



de
Todas as Margens - 2003
MANUEL MONTEIRO poeta transmontano de Vila Real

1 comentário:

Maria Rodrigues disse...

Uma prece para minha Mãe

Ela olha o horizonte com uma prece
Na mão, as pequeninas contas;
Esfrega, aquece.
O coração bate esperança
Fincada no céu
Por trás das nuvens.
No seu caminho não existe barreira, um muro
Que pare o curso
Do rio caudaloso da sua vida
E o fel se torna doce lembrança
Daqueles dias amenos
De outrora Na aurora da sua vida
Da sua infância
Seus folguedos Ela, dona dos seus brinquedos
Se eu pudesse
Dar-te-ia minhas noites de sonhos
Em troca dos seus dias de penúria
Se eu pudesse
Colocaria no ar que respiras
O perfume de todas as flores
E te daria a força de somados amores.


de Paulo Fernandes