Comunidade TOC

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Fóruns de discussão de assuntos profissionais dos Técnicos Oficiais de Contas

domingo, 8 de setembro de 2019

O USO DA LETRA MAIÚSCULA, O NEGRITO, O SUBLINHADO E O ITÁLICO



1 - A NETIQUETA, AS REGRAS GRAMATICAIS, O BOM SENSO E OS DESRESPEITOS!
Convencionou-se que na internet, nas caixas de comentários, nos e-mails, a utilização do uso de uma resposta em letra maiúscula, é uma forma de “gritaria”, caindo na falta de educação ou deselegância.
Mas se por um lado uma longa resposta ou até um texto, publicado nessa forma, pode ser inadequado, que dizer de resposta curtas como as seguintes.
PARABÉNS, em vez de parabéns;
APOIADO, em vez de apoiado;
DISCORDO, em vez de discordo,
Poderão ser formas deselegantes?
Como se escreviam os telegramas de antigamente?
“REUNIDOS PORTO ARTISTAS APOIAM MANIFESTO 204 EX PRESOS POLÍTICOS”
Como recebíamos os TELEXs?
Claro tudo em maiúsculas, naturalmente por ser essa a forma de funcionamento do sistema.
Passar um título num Jornal, comunicação, e-mails: ÚLTIMA HORA; ALERTA; ACIDENTE; AVISO, SUBSCREVA, ETC, foi e sempre será uma foram de chamar à nossa atenção, num mundo de múltiplas solicitações.
O uso da letra maiúscula, num texto, quer fosse para enviar a uma entidade (por exemplo: Exmº Senhor Presidente da cooperativa CONFRONTO), quer fosse para comunicar uma consulta externa num hospital (CONSULTA EXTERNA: Exmº Srº FULANO, consulta da ESPECIALIDADE, com o médico BELTRANO, será dia 30 DE AGOSTO de 2019), sempre foram utilizados e são utilizados, hoje em dia.
Num texto, ou num e-mail, usa-se ou melhor, recomenda-se que se use, a letra maiúscula, o itálico, o negrito ou o sublinhado, como forma de destacar o essencial da mensagem, de forma a captar a atenção do destinatário, num mundo, onde de minuto a minuto, se enviam e trocam e-mails, mensagem, permitindo, com esses destaques se possa obter êxito com o destinatário.
Ainda há dias se via no grupo FASCISMO NUNCA MAIS (assim porque é um grupo no FB) um texto, como mero exemplo: “… contra o MUSEU…”, sendo certo que são formas, também aqui, de chamar à atenção do fundamental da mensagem.
2 – AS REGRAS GRAMATICAIS no envio de comunicações a personalidades de destaque
De facto, as regras gramaticais, há muito em vigor (acordo de 1945), recomenda-se que se use por exemplo: “Sua Excelência o Presidente da República”. Sim é certo.
Porém será desrespeitosa e com falta de educação se nos dirigirmos assim:
“Sua Excelência o PRESIDENTE DA REPÚBLICA MARCELO REBELO DE SOUSA”,
ou “Sua Excelência o PRIMEIRO-MINISTRO ANTÓNIO COSTA”, em vez de:
“Sua Excelência o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa”, ou, “ Sua Excelência o Primeiro-Ministro António Costa”?
Sobretudo, quando estamos a enviar uma série de e-mails, a várias entidades é absolutamente necessário que se tomem medidas de uso de maiúsculas, e/ou negrito, de modo a que não haja troca de identidades e por lapso, não se envie para o e-mail do PR o texto como o nome do PM, ou vice-versa, ou se envie para o “deputada António”, tal como aconteceu com o José Rodrigues dos Santos, quando há quatro anos, abre uma peça sobre a eleição da deputada mais velha, eleita pelo PS no Porto, e aparece o Prof Quintanilha.
Nem todos possuem administrativos ou assessores, cuja tarefa essencial será, ou deverá ser produzir a correspondência devidamente individualiza com manda a forma canônica.
3 – DESRESPEITO OU FORMA DESRESPEITOSAS OU A FORMA E O CONTEÚDO
Quando se recebe um contributo, uma crítica, uma proposta, elas não têm que ser forçosamente aceites pelo destinatário, seja de forma “respeitosa” ou mesmo “desrespeitosa”, mas convenhamos que se o conteúdo estiver feito com pés e cabeça, deverá o destinatário ignorá-lo de forma pomposa “desrespeitosamente”?
Não será mais grave ignorar o conteúdo, apenas porque se considera que a forma foi “desrespeitosa”.
Imagine-se que o morador de uma rua, envia ao seu Presidente da Junta a seguinte nota:
“ SENHOR PRESIDENTE da JUNTA DE ALGUIDARES DE CIMA, está um buraco aberto há 2 dias, o que porá em causa a segurança de pessoas e bens. Queira tratar do assunto com URGÊNCIA”.
O que será grave a forma ou o Presidente da Junta, depois de um acidente grave, dizer que não sabia da situação, porque ninguém o tinha informado de forma respeitosa?
E se fosse de forma agressiva?
“Senhor Presidente
Excelência.
Está - já lá vão dois dias - um buraco aberto na minha rua, o que coloca em causa pessoas e bens.
Tento a certeza que se eu fosse da laia do senhor e do seu partido de comedores, gatunos e ladrões, a merda do buraco já tinha sido fechado.
Como não sou, será que vou ter que chamar a SIC/TVI/CMTV?
Faça o que lhe compete seu incompetente”.
O buraco deveria ficar sem tratamento?
4 – DESRESPEITOS, DESELEGÂNCIAS E TRATADOS POR LORPAS!
Estive numa reunião que veio a ser o ponto de partida de uma candidatura.
No dia seguinte participava num jantar, onde seria um dos sondados para outra, que termina com uma sábia frase final, proferida por um dos participantes na jantar/conversa:
“ NÓS não, NÓS e VÓS, falta muito para sermos NÓS”. E como foram proféticas meu bom amigo.
Ainda recusei participar no lançamento de outra, devido à presença de algumas figuras.
Mesmo assim, estes, ainda tiveram a amabilidade de me convidar para as suas listas no meu distrito, tendo de imediato colocado como condição a minha independência de opinião e de expressão. Pelas mesmas razões de recusa de estar no evento, declinei o convite.

Já muito perto do fecho das listas, recebi um convite prévio, se fosse convidado estaria disposto a aceitar.
A minha resposta foi clara, porque duvidava que fosse concretizado, pelas muitas divergências que tinha com a candidata e com as suas propostas.
Para espanto meu, o convite foi concretizado pela própria, tendo repetido a minha dúvida uma vez que havia muitas divergências com a candidata e com a candidatura.
Do outro lado a mesma resposta que a outra candidatura me tinha feito, de independência e liberdade, uma que vez que queriam contar com todas as sensibilidades e com o contributo de todos.
Nesse caso, e porque já tinha companheiros de estrada no projecto, indiquei outro e aceitei.
Porém ao serem pomposamente ignoradas propostas, criticas e sugestões, inclusive perante uma proposta concreto, me ter sido dito, de viva voz, que havia ali umas coisitas que discordavam, sem nunca terem concretizado absolutamente nada em concreto, ao vermos a versão final radicalmente diferente da nossa proposta, só posso concluir que afinal foram desrespeitosos comigo e que em última análise, até fui tratado por lorpa, uma vez que o objectivo principal era silenciar um grupo de trabalho activo, mas que podia fustigar ou “atrapalhar” os legítimos representantes, que poderiam emitir opiniões divergentes com eles.
Assim foi assumido em Outubro, no Porto, quando o recado nos foi dado.
Tentando-se assim, pela via de uma pseuda fidelização/subordinação que nunca nos foi colocada, nem solicitada no momento do convite, como forma de remover posições criticas sobre assuntos candentes que exigiam tomadas de posições claras e objectivas.
5 - CONCLUSÃO
Há quem desrespeite e faça desconsiderações e depois venha invocar formalismo, para dizer que não se recebeu qualquer proposta sobre o assunto, quando o que aconteceu, foi ignorar pomposamente o conteúdo.
Post scriptum: Podem até os meus companheiros de estrada, estarem disponíveis para apresentarem propostas concretas sobre os actuais temas em debate, porém, e sem deixar de estar solidário com eles, não os subscrevo, enquanto durar este mandato. Sem prejuízo de emitir criticas a todos os documentos, embora sem nunca formalizar nada de concreto.

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