Comunidade TOC

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Fóruns de discussão de assuntos profissionais dos Técnicos Oficiais de Contas

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Quantos – dos que agora saúdam a postura – vieram a terreiro dizer algo?

 Li, aqui e por acoli, elogios à instituição, pela postura de serenidade nesta hora difícil que atravessamos.

Importa recordar aos mais distraídos que a 10 de Março, só ao finalzinho da tarde é que a Ordem, suspendeu as reuniões livres, quando já uma série de instituições o estavam a fazer, incluindo a Igreja Católica, que suspendia no fim-de-semana anterior a catequese e os escuteiros, bem como a saudação durante as celebrações.

Quantos – dos que agora saúdam a postura – vieram a terreiro dizer algo?

A Ordem suspendeu, também as Livres de Abril.

Mas será necessário suspendê-las nos meses seguintes.

Já sabemos que antes de Maio, não passaremos o cabo dos tormentos e nem sabemos, como disse o Primeiro- ministro, se no Inverno o vírus, ainda andará por cá!

Medidas urgentes que a Ordem têm forçosamente de tomar.-
- Suspender o regulamento de formação, no que toca à obrigação de 30 horas;
- Suspender todas as formações presenciais ao longo de 2020;
- Realização das quartas-livres no formato que realizou a 11 e a 18, até ao final do ano;
- Disponibilização de TODAS as formações (orçamento, e outras) à distância a todos os profissionais, que as queiram assistir, de forma gratuita e sem qualquer controle para efeitos do Regulamento;
- Suspensão do pagamento de quotas aos membros com mais de 70 anos (conforme estava no programa eleitoral e que eu tanto acarinhei);
Manter, ainda mais informação – sem aquela irritante modalidade que faz nos manuais que distribui todos os anos sobre IRS, IRC e IVA, em que o que é novo, não está em destaque para que ninguém tenha de ler tudo outra vez – quer aos profissionais quer ao público.
Meus caros, basta ler o Relatório & Contas e podem constatar que o que foi gasto em eventos sociais (grande parte do congresso foram “actuações” que nada têm que ver com a profissão),
festas de natal, encontros e desencontros, que nos ficaram por mais de um milhão de euros, que somados ao outro quase milhão em formação em ambiente de trabalho, pagos a aprendizes de formadores, dá para tudo isto.
O pé-de-meia dos formadores e dos formadores-de-meia-tijela, dá para eles irem apanhar sol, sem grandes preocupações.
O que o Governo ontem decidiu é pouco?
É e terá que fazer muito mais, se é necessário preservar postos de trabalho, também é necessário que patrões abram os cordões à bolsa. E se os trabalhadores querem manter o seu posto de trabalho, devem estar disponíveis em conjunto com as suas entidades patronais a considerar estes dias em que ficam em casa para férias, ou parte deles, e até se necessário,
descer vencimentos mais altos.
Os prestadores de serviços (incluindo nós) terão que fazer o mesmo.
Os senhorios a prescindir de rendas ou parte delas.
O estado a prescindir de impostos(aumentando a fasquia da isenção de IRS) para todas as categorias de rendimento. A baixar para 6% ou para zero o IVA da energia e noutras actividades que mais à frente se mostre necessário.

Ao contrário da crise de 2008, esta será mais profunda e tem um inimigo invisível, que
nos destruirá como civilização, tenha lá o Costa, o Passos ou o camarada Arnaldo Matos
.
O governo está bem e conta com a oposiçãoos seus êxitos são os deles, também. O seu fracasso será o fracasso deles – e com o Presidente. Terá que contar com o tecido empresarial, com os trabalhadores e com todos nós, que será tão importante como lavar as mãos ou ficar em casa, o mais tempo possível.

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