Comunidade TOC

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Fóruns de discussão de assuntos profissionais dos Técnicos Oficiais de Contas

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

TERTÚLIA DA ÚLTIMA SEXTA FEIRA NA COBERTURA ou no “rooftop”, assim pomposamente chamado, no PORTO.

 

DE EXCELENTE AO MENOS BOM!

Dar uso à cobertura das instalações da ORDEM, enquanto não se resolve o imbróglio dos 2 últimos pisos, com iniciativas de caracter

cultural, abrindo as instalações à cidade, e proporcionando momentos de cultura, desde apresentações literárias, prosa ou poesia, musicais,

fotografia, pintura ou escultura, até a colóquios sobre história e em particular da cidade, era a ideia Martinho Pacheco.

Devo confessar que não conhecia a Prof Elvira Mea, e que para mim foi uma excelente participação, mesmo limitada no tempo – ou melhor lamentavelmente limitada no tempo – ao abordar uma tema interessantíssimo como é a história dos portugueses que sempre professaram outra religião e sua importância na construção de Portugal.

Confesso, que ouvi coisas pela primeira vez, como a sua importância a nível do “directório” que planeou os descobrimentos e invenção de ferramentas como o astrolábio ou a precisão da longitude e da latitude, como que os nossos marinheiros se fizeram ao mar na senda dos descobrimentos.

E da rejeição à proposta de Cristóvão Colombo, que se propunha chegar à Índia sem rumar para sul ( decisão deste "directório" onde os judeus era dominantes ou exclusivos).

Durante 50 anos havia duas Índias, a nossa e a dos espanhóis, que afinal era a América.

Pena ter sabido a tão pouco…e que bom que é ouvir falar quem SABE do assunto!

Ficou a promessa - EU OUVI - de a convidar em exclusivo.

O MENOS BOM...

Por um lado existindo uma mesa com 3 lugares, teria sido respeitoso, dar a primazia do lugar na Mesa à Professora Elvira Meia, que iria usar da palavra, e não a ter deixado na plateia, enquanto a responsável pelas instalações do Porto, ocupava um lugar da mesa, sem ter nada a acrescentar a não ser apresentar os convidados….

Mas parece que o destaque injustificado é de origem sistémica do passado e do presente!

Depois a existência de um moderador que usa da palavra de forma desmesurada e desproporcional, ainda por cima, quando havia gente que sabia do que falava e que não andou a ler os livros dos convidados – de 11 de Outubro e de 25 de Setembro – à pressa, porque nunca tinha lido nada dos autores, como aliás o próprio confessou, nada acrescentando de concreto, antes pelo contrário, enredando o discurso de tal forma que torna estas iniciativas, completamente desinteressantes.

Claro que quem lê o “Último Cabalista de Lisboa” e desconhecer que existiu um massacre naquela altura, jamais poderá compreender o massacre, porque o romance desenrola-se dentro do massacre, sendo que é intriga entre Judeus, que é o centro da obra e não os acontecimentos em que está enquadrado.

Terá tido tempo para ler o livro todo, ou leu apenas passagens?

Já agora, tanto quanto sei os nazis quanto fazem os primeiros massacres e usam uma vala comum, foram “obrigados” a reabri-la e incinerar os cadáveres, porque o cheiro da decomposição tornava o ar irrespirável, não só pela baixa profundidade usada, mas sobretudo pela elevadíssima concentração de corpos.

Se a incineração foi a solução quase imediata perante a premeditação do genocídio de milhões de seres humanos, a “contabilização” dos gastos com o uso de balas, essa sim é que foi calculada, na dicotomia bala/incineração ou gasear/incineração, aliás já usada desde os anos 20, na América, embora em pequena escala.

Não me parece que nunca tenha existido a dicotomia gaseamento ou incineração, mas se existirem provas…

Quanto ao coração que está na Igreja da Lapa, é naturalmente de D. Pedro IV ( Dom Pedro I, mas do Brasil), que quis que fosse enviado para a Porto, após a

sua morte, como gratidão pela bravura dos portuenses no cerco do Porto, e para a Lapa, para a igreja que frequentava, depois de ser obrigado a abandonar o

Palácio dos Carrancas (o museu Soares dos Reis), que estava ao alcance da baterias dos absolutistas.

Não nutro pelo escritor convidado qualquer simpatia, pela forma chauvinista com que trata os portugueses (já tive vários episódios a que assisti), execpto quanto à sua obra.

Digamos que até o nosso Camilo Castelo Branco, era, também como pessoa, alguém conflituoso a ponto de provocar bengaladas no Teatro do Príncipe Real

(sim o mesmo que uma fulana, lamentou que hoje haja lá uma sessão com o Mia Couto e do José Eduardo Agualusa, certamente por algum trauma sexual juvenil, no tempo em que ali passavam pornos), entre outras cenas que fazia no seu tempo.

Ora se os judeus ( não os marranos que se deixaram ficar no cristianismo e abandonaram a sua religião) não tivessem usado a sua língua, o hebraico, como poderiam ter passado de geração em geração a sua cultura? Como leriam a Tora?

Como podia o seu “cabalista” do seu livro, ser um guardião dos livros que tinha de proteger?

Como se justifica, que nos relatos da inquisição, fizessem perguntas sobre a língua que falavam em casa? Claro que não era só pela roupa lavada à sexta e não ao sábado,

ou se comungavam na missa ou não?

Não tenho FÉ que os “promotores” façam qualquer alteração nestas iniciativas, uma vez que o que fizeram na passada sexta faz parte do seu ADN…

Como iriam fazer que fossem convidados a falar de madame butterfly de Puccine…

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